Ananindeua

Ananindeua é um município brasileiro do estado do Pará. Localizado na Grande Belém, é o segundo município mais populoso do Pará, e o terceiro da Amazônia. Sua população é estimada em 505.512 habitantes.

O nome Ananindeua é de origem tupi, deve-se a grande quantidade de árvore chamada Anani, uma árvore que produz a resina de cerol utilizada para lacrar as fendas das embarcações.

A cidade é originária de ribeirinhos, começou a ser povoada a partir da antiga Estrada de Ferro de Bragança.

Originalmente considerada "cidade dormitório", apresentou um considerável desenvolvimento nos últimos anos, decorrente da falta de espaço para a construção de novas moradias em Belém.

Teve seu maior incremento populacional a partir da construção da BR-010 (Belém-Brasília) na década de 1960, na qual as industrias localizadas em Belém começaram a se estabelecer ao longo desta rodovia.

Na década de 1970, inicia a construção do primeiro conjunto habitacional Cidade Nova, programa de habitação de âmbito Federal, sob responsabilidade da Companhia Habitação do Estado do Pará (COHAB), foi uma espécie de ordenamento da periferia. A área foi adquirido aos poucos, pertencia em sua maioria a japoneses e nordestinos, que possuíam hortas e granjas, a COHAB comprou os terrenos e foram inauguradas as Cidades Novas I a IX.

Depois foi inaugurado o conjunto Guajará, em seguida seria inaugurado o conjunto PAAR (Pará, Amapá, Amazonas e Roraima), no entanto, em sua fase final foi invadido por populosos e por um breve período da história do município foi considerado como a maior invasão da América Latina, hoje ele é considerado um conjunto habitacional.

As margens desse processo, surgiram as áreas de invasões espontâneas, localizadas principalmente próximas aos conjuntos habitacionais. hoje a área continental de Ananindeua concentra mais de 90% da população do município.

A área insular de Ananindeua, fica ao norte do município, sendo composta por 9 ilhas, são elas: Viçosa, João Pilatos, Santa Rosa, Mutá, Arauari, São José da Sororóca, Sororóca, Sassunema e Guajarina. É ´formada por inúmeros rios, com para o Maguari, e furos, com para o da Bela Vista e das Marinhas, e igarapés.

História

Referências históricas datadas de meados do século XIX permitem identificar traços da fundação do município de Ananindeua. Esses traços guardam relação com o estabelecimento de uma parada e/ou estação da Estrada de Ferro de Bragança, na área territorial, no lugar onde, hoje se encontra instalada sua sede municipal.

Originalmente, Ananindeua pertencia à circunscrição de Belém. A partir da localização da estação da Estrada de Ferro, o seu povoamento começou a adquirir dinamismo, sendo reconhecido como freguesia, e mais tarde, como distrito da capital paraense.

Nas fontes históricas consultadas, não foi possível encontrar os instrumentos eclesiásticos da sua elevação à categoria de freguesia, nem os instrumentos legais de sua consideração como Distrito.

Sabe-se, no entanto que, em 1938, por um ato do Governo Estadual, passou a ser considerada como sede distrital, pertencendo ao município de Santa Isabel do Pará, retornando ao patrimônio territorial de Belém. Pelo Decreto-lei Estadual nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, promulgado pelo Interventor Federal, Magalhães Barata, o município de Ananindeua foi criado, acontecendo sua instalação, como tal, em 3 de janeiro de 1944.

Para dirigir o novo município, assumiu a prefeitura Claudemiro Belém de Nazaré. No mês de outubro de 1945, com a queda do regime ditatorial, foi nomeado como Prefeito de Ananindeua Fausto Augusto Batalha. Sua sede municipal foi reconhecida como cidade em 31 de dezembro de 1947, com a aprovação da Lei nº 62, que foi publicada no Diário Oficial do Estado, em 18 de janeiro de 1948.[5]

Entre os anos 1947 a 1956, o município de Ananindeua contava com os seguintes, distritos: Ananindeua (Centro), Benevides, Benfica e Engenho do Arari. No ano de 1961, pelo disposto na Lei nº 2.460, de 29 de dezembro, com as áreas de seus distritos (Engenho Arari, Benfica e Benevides), foi constituído o município de Benevides. Atualmente, o município de Ananindeua é constituído apenas do distrito-sede.

Prefeitos

1948 a 1952 - João Alves de Andrade
1952 a 1955 - Raimundo Paiva da Vera Cruz
1955 a 1959 - Raimundo Dickson Ferreira
1959 a 1963 - Claudomiro Belém de Nazaré
1963 a 1967 - Walterno Cardoso Teixeira
1967 a 1971 - José Cabral Vicente
1972 a 1977 - Luiz Otávio Branco
1977 a 1983 - Frederico Souza
1971 a 1972 - 1983 a 1989 - Paulo Falcão
1989 a 1993 - Fernando Corrêa
1993 a 1997 - Rufino Leão
1997 a 2001 - 2001 a 2005 - Manoel Carlos Antunes
2003 a 2005 - Clóvis Begot
2006 a 2012 - Helder Barbalho

Geografia
Limites
Norte - município de Belém
Sul - Rio Guamá
Leste - município de Marituba
Oeste - município de Belém
Nordeste - município de Benevides

Ilhas
O município possui 9 ilhas com áreas de uso intenso, outras de baixa exploração por parte dos ribeirinhos e outras quase intocada, que serve como um verdadeiro centro de reprodução de toda diversidade biológica da floresta Amazônica (ALMEIDA, A. F. 2008)Veja também http://adrielsonfurtado.blogspot.com/.

Mapa de AnanindeuaAs ilhas de Ananindeua são quase todas habitadas. São pequenos povoados habitados por homens, mulheres e crianças que vivem na rotina do encher e ser das águas do Rio Maguari. Em cada um destes povoados é possível encontrar uma igreja, um campo de futebol, uma pequena escola e muito verde. A estrada do povo ribeirinho é o próprio rio e o seu meio principal de locomoção são as canoas e os “pô-pô-pôs”, que levam e trazem o produtor, o aluno, o professor e o visitante pelos caminhos de rio.

Solos
Os solos do município são caracterizados como Concrecionários Lateríticos Indiscriminados distróficos, textura indiscriminada, Latossolo Amarelo distrófico, textura média.

Vegetação
A vegetação é caracterizada pela floresta secundária, em vários estágios, proveniente do desmatamento executado na área, para o cultivo de espécies alimentícias de ciclo curto (milho, Mandioca, etc.). Nas áreas sujeitas à inundação margeando os rios, está presente a vegetação de várzea, com suas espécies típicas, como a virola ou ucuuba, a andiroba, o açaí e o miriti ou buruti.

Desmatamento
O desmatamento alcançou 78,03% até o ano de 1986, de acordo com as imagens LANDSAT-TM. Durante os anos de 2001 e 2006, a região que mais perdou sua cobertura vegetal foi a região insular, mais precisamente na ilha de João Pilatos e Sororoca.

Os principais acidentes geográficos e que devem ser preservadas são os rios Benfica, Maguari-Açu e Guamá e igarapés: Aurá e Uriboquinha. É de fundamental importância a preservação do manancial de águas do Utinga para garantir a boa qualidade e quantidade de água, necessária ao abastecimento de Belém e, parte deste, encontra-se no município de Belém.

Topografia
O município apresenta um relevo relativamente uniforme, com pouquíssimas oscilações altimétricas, sendo que sua cota média gira em torno de 16 metros.

Hidrografia
A hidrografia do município é representada pelos rios Guamá ao Sul, fazendo limite com Belém; o Maguari-Açu, ao Norte e o Benfica a Nordeste limitando com Benevides. Para o Guamá vertem o rio Água Preta, limite natural, a Oeste, com o município de Belém; o rio Uriboquinha, o qual, em todo o seu curso, serve de limite parcial com Benevides; e o igarapé Aurá. O rio Maguari-Açu deságua no furo do Maguari e forma limite natural, a Noroeste, com o município de Belém. Ao Norte, encontram-se as ilhas João Pilato, Santa Rosa e Sassunema.

Clima
O clima é megatérmico, úmido, temperatura elevada em torno de 25°C, pequena amplitude térmica. O regime pluviométrico está em torno de 2.250 a 2.500mm com chuvas regulares, com maior concentração de janeiro a junho. A umidade relativa do ar está em torno de 85%.