O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, envolvido em denúncias de corrupção, anunciou sua desfiliação do Democratas nesta quinta-feira, após a informação ser divulgada por integrantes do partido.
Arruda disse ainda que não vai concorrer à reeleição nas eleições do ano que vem, como pretendia.
"Para enfrentar os desafios e garantir a conclusão de todas as obras, tomo a difícil decisão de deixar a vida partidária desligando-me do Democratas neste momento. Não disputarei a eleição do ano que vem", afirmou Arruda a jornalistas em sua residência oficial.
Ele comunicou a decisão da desfiliação à cúpula do Democratas na hora do almoço desta quinta, véspera de reunião da sigla que, segundo todas as indicações, levaria à sua expulsão.
A decisão, segundo integrantes do partido, é menos traumática para a sigla do que a expulsão.
Com a saída, Arruda fica impedido de disputar a reeleição no ano que vem como desejava. Também não pode concorrer a nenhum outro cargo eletivo. Para isso, seria necessário estar filiado a uma legenda desde outubro, um ano antes das eleições.
Filmagens mostraram Arruda recebendo dinheiro de um ex-secretário do DF durante sua campanha eleitoral em 2006, assim como deputados e assessores. O governador, investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, é acusado de envolvimento em pagamento de propina a deputados de sua base aliada, no que ficou sendo chamado de "mensalão do DEM".
A comunicação prévia foi feita ao presidente da sigla, deputado Rodrigo Maia (RJ), e aos deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO), além do senador Heráclito Fortes (PI).