Ao ler a crônica escrita pelo Global Pedro Bial, mais uma vez senti o bom orgulho de ser paraense, leia o que o Bial escreveu e sinta-se honrado como eu.
O mais recente jogo de futebol entre as seleções brasileira e argentina, ontem,
28/09/2011, em Belém do Pará, reservou aos brasileiros patriotas de outras
longitudes e latitudes uma grata e emocionante surpresa.
Antes do embate esportivo e após a execução do hino do país "hermano", a banda
de música deu início ao Hino Nacional brasileiro, belissimamente executado. Só
que se limitou à pequena introdução, que se fez comum nos campos desportivos
mundo afora e que fere uma antiga legislação, que proibia que se mutilasse o
símbolo pátrio, que sempre deveria ser executado na íntegra e, se cantado, nas
suas duas partes.
A surpresa adveio do eletrizante fato de, uma vez emudecida a banda, continuar
a multidão, de cerca de quarenta mil pessoas, a entoar, a plenos pulmões e com
toda a emoção, a bela canção pátria dos brasileiros, a mais linda do mundo!
Uma corrente eletrizante percorreu o corpo e a alma de todos os que assistiram
a tão único e vibrante episódio, "in loco" ou pela televisão. Até o brincalhão
Neymar chegou às lágrimas diante do maravilhoso espetáculo, proporcionado, em
uníssono e espontaneamente, por aqueles brasileiros anônimos, que assim
proclamavam, de forma tão forte e comovente, seu amor ao bendito País natal.
Os paraenses, homens, mulheres, crianças, idosos, filhos da Amazônia brasileira
e descendentes legítimos de seus bravos desbravadores, todos mostraram que
conhecem o Hino Nacional e têm prazer em cantá-lo. Paralelamente, verifica-se
que as escolas e os professores de lá ensinam seus alunos a cultuarem, amarem e
respeitarem os símbolos nacionais. Que bom se tão belos exemplos se
ramificassem e aplicassem por todo o território de Santa Cruz, em tantas partes
com populações tomadas pela descrença, pelo nihilismo e pelo cinismo que tanto
refletem os péssimos exemplos dados pelos homens e mulheres investidos e
dotados de poder sobre a sociedade, que tão mal vêm exercendo!
Jamais me conformei com o desrespeito do público ao Hino, em pugnas esportivas
em outras plagas tupiniquins, com os presentes não observando silêncio, postura
correta, não o cantando ou continuando a andar, falar, gesticular, inclusive os
notórios cronistas esportivos!
Nunca entendi ou aceitei o fato de os jogadores brasileiros, ao contrário de
tantas equipes estrangeiras, que bradam aos céus o orgulho pátrio, manterem-se
calados durante a execução do Hino, ou balbuciando algumas palavras, fingindo
conhecer-lhe a letra. As câmeras de televisão, implacáveis, vem sempre
mostrando essa triste e inaceitável realidade!
Os paraenses lavaram a alma dos brasileiros verdadeiros! Deram-nos novas e
fundadas esperanças em relação ao futuro. Havendo amor e dedicação à Pátria e
aos seus símbolos por parte do povo, nem legiões de traidores e canalhas serão
capazes de obstar nossa caminhada rumo à grandeza, à felicidade, à paz e ao
progresso!
Deus abençoe o Pará e seu povo! Deus salve o Brasil!
Pedro Bial, O Globo, Rio de Janeiro, RJ, 29 de setembro de 2011.
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