Em 2008, o deputado José Priante (PMDB) chegou ao segundo turno da disputa por Belém, mas perdeu para o petebista Duciomar Costa, que disputava a reeleição. Quatro anos depois, Priante está de volta. Primo do senador Jader Barbalho, ele aposta no trânsito de seu partido com o PSDB do governador Simão Jatene e com o PT da presidente Dilma Rousseff. “Temos um canal com a presidente e também junto ao governador. Nenhum outro candidato pode dizer que tem essa facilidade”, disse, ao jornalista Marcelo Osakabe.
Como o senhor está conduzindo sua pré-campanha? Conversamos com todos os partidos: PT, PSDB, DEM, PR, PDT e todos que quiserem agregar. Muitos lançaram pré-candidatos, mas alguns ficarão no meio do caminho. Ainda não posso dizer que acertei aliança com algum, mas duvido também que outro partido o tenha.
O que mudou em Belém desde a última eleição? As circunstâncias e os candidatos. Os problemas da cidade continuam os mesmos. Nossa saúde é das piores entre as capitais. Nossa educação e trânsito também. Os problemas só aumentaram de tamanho e gravidade.
Em que temas o senhor pretende focar na campanha? Estamos construindo a pré-campanha em conjunto com a sociedade. Temos de enfrentar todos os problemas, mas não podemos deixar de dar mais atenção à saúde. Belém tem apenas dois prontos-socorro, nenhuma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, e o atendimento é muito precarizado. Outro grande problema nosso é o transporte. Temos um grande gargalo de entrada e saída da cidade da ilha que não foi resolvido nas gestões anteriores. Aliás, não foi construída uma única avenida nos últimos trinta anos. Os dois principais troncais da cidade estão congestionados. Temos engarrafamentos enormes.
O banditismo é um problema crescente. Uma ideia que apresentamos na eleição passada, que teve bastante apelo entre a população, é a guarda municipal fazendo a ronda do bairro, em parceria com a Policia Militar. Além do patrulhamento ostensivo, precisamos de uma ação forte no campo social, principalmente com ensino profissionalizante e esporte, porque a delinqüência juvenil é a que mais cresce. Temos essa preocupação de fazer uma política social forte para essa faixa. O que acontece no município não pode ser jogado apenas nas costas do estado.
Como agregar outros partidos ao seu projeto? O nosso diferencial é que temos um canal de diálogo aberto com a presidente Dilma Roussef e também junto ao governador Simão Jatene (PSDB). Nenhum outro candidato pode dizer que tem essa facilidade. Ou são aliados do governo federal, ou do estadual, ou de nenhum dos dois.
Marcelo Osakabe (FOTO: José Cruz/Agência Brasil)
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