O clima é de indignação entre os funcionários da Fundação Cultural Tancredo Neves (FCPTN). “George era muito querido por todos aqui. Se o governo do Estado tivesse providenciado os equipamentos de segurança, essa morte poderia ser evitada”, disse um funcionário que não quis se identificar por temer retaliações.
O iluminador cênico George Wellington da Costa Santos, 39 anos, morreu na última terça-feira (14) dentro do Teatro Margarida Schivasappa. Há suspeita é de que ele não estava usando equipamentos de segurança. A Polícia Civil está investigando o caso.
Os colegas de trabalho da vítima confirmam a versão. “No momento do acidente ele não usava nenhum equipamento de proteção individual, obrigatório segundo a legislação trabalhista e de responsabilidade do empregador, no caso a FCPTN”, afirmou um servidor.
Segundo o funcionário, a Fundação Tancredo Neves “comprou às pressas equipamentos de proteção para evitar um escândalo maior e estão tentando evitar que a imprensa saiba dos detalhes e das inúmeras falhas da atual gestão”.
EQUIPAMENTOS
Por telefone, a diretora de interação cultural do Centur, Lucinha Bastos, informou que há 27 anos funcionários trabalham sem equipamentos de segurança. “Um pedido com equipamentos de segurança foi feito recentemente, antes do acidente”, informou.
Segundo ela, George, que trabalhava há seis anos no Centur, ocupava o cargo de gerente interino e não quis receber alguns equipamentos de segurança “por estarem fora das especificidades”. “São capacetes e outros materiais que não estavam dentro do padrão que ele [George] queria”, explicou.
A diretora explicou ainda que é possível que, na hora do acidente, o iluminador estivesse verificando alguns dos equipamentos que chegaram ou realizando atividades rotineiras.
O enterro de George Wellington Costa está previsto para as 9h desta quinta-feira (16) em um cemitério localizado na Alça Viária.
(Antonio Santos/DOL)
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