A pandemia do novo coronavírus afetou inúmeros setores, seja sanitário, social ou econômico. Porém, a crise não abalou o mercado brasileiro de imóveis. Na contramão da crise, o setor de venda de imóveis de alto padrão está em expansão.
Segundo empresas imobiliárias, a intensa procura por imóveis de altíssimo padrão se dá por causa da taxa da Selic, que está nos níveis mais baixos da história do país. Além disso, aplicações de renda fixa deixaram de ser atrativas.
Nesta semana, por exemplo, a Coelho da Fonseca, uma das principais imobiliárias do segmento, vendeu um apartamento de 900 metros quadrados, no bairro dos Jardins, em São Paulo, pelo valor de R$31,5 mi.
Diante das incertezas do futuro pós-pandemia e com fronteiras fechadas e impedidos de realizar viagens e investimentos no exterior, os ricos estão investindo em imóveis.
“O proprietário de uma casa de 15 milhões não está tão interessado em negociá-la, porque considera que depois não terá onde investir a quantia”, afirma Renata Firpo, uma das principais especialistas do mercado de imóveis de alto padrão do país.
Outro fator que fez a procura por imóveis de alto padrão aumentar é o avanço do home office. Profissionais bem-sucedidos resolveram investir em suas casas.
A tendência das moradias maiores começou em 2019, quando foram negociadas 3.300 unidades acima de 1,5 milhão de reais na cidade de São Paulo, muito acima das 2.200 do ano anterior.
Segundo o Sindicato da Habitação (Secovi-SP), em julho foram vendidas na capital paulista 4.300 unidades residenciais novas, resultado 45,5% acima do mês anterior.
No Brasil, de acordo com informações da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), os contratos fechados avançaram 10,5% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2019.
*Fonte: Veja
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