segunda-feira, 15 de março de 2010

Eles não querem dividir..


O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, informou, por meio de nota oficial, que a redução dos royalties pela exploração de petróleo vai deixar o estado do Rio de Janeiro sem condições de fazer as obras necessárias para os Jogos Olímpicos. O novo modelo de partilha foi aprovado na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (10) e ainda vai ser votado no Senado.
“Qualquer decisão que afete a capacidade do estado do Rio de cumprir várias obrigações tem impacto negativo na organização dos Jogos Olímpicos de 2016 e, se não for remediada, representará uma quebra de contrato”, escreveu Nuzman na nota. De acordo com o presidente do COB, o contrato assinado com o Comitê Olímpico Internacional (COI) tornou-se uma obrigação do estado brasileiro, representado pelos governos federal, estadual e municipal.
Nuzman finaliza a nota afirmando que o Comitê Rio 2016 está à disposição do governador Sérgio Cabral para “lutar pelos direitos” do Rio de Janeiro. “O Comitê Rio 2016 tem plena confiança de que os poderes legislativos levarão esses fatos em consideração, evitando que o país, em uma volta ao passado, descumpra obrigações assumidas”, conclui Nuzman.

3 comentários:

  1. Meu Deus! Quanta apelação. A politicagem no RJ para se assenhorar do petróleo da União, ou seja, de TODO O POVO BRASILEIRO, não tem limites. Até criar sofismas com chantagem barata relativa a olimpíadas o xeique Cabral apela. Cria vergonha Cabral!

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  2. A reação do deputado Ibsen Pinheiro, ao propôr o perfume no bode, é deixar a conta para a União. Ela passaria a ressarcir os estados, mas isso cria nova confusão. Tirar da União é também, indiretamente, tirar dos estados, porque ela repassa recursos. Há compromissos de gastos para esse dinheiro dos royalties do petróleo para a preparação das Olimpíadas de 2016.

    Isso tudo é uma irresponsabilidade muito grande. O Rio concentra 85% do petróleo. E vamos imaginar se não fosse assim. Em 2008, quando ele foi a US$ 146, o que teria sido do Brasil? O petróleo que é explorado no estado beneficia o país como um todo, porque deixa de importar e, portanto, tem pressão menor na sua balança comercial.

    O Brasil deve conversar sobre isso até se chegar a uma solução que deixe todo mundo convencido. O que não pode é um deputado decidir fazer uma emenda demagógica e manipuladora, porque vira para 24 estados que não recebem royalties e oferece esses recursos. E ficam dois contra 24. Não é com o peso da superioridade númerica que se faz uma Federação, mas com o da argumentação justa.

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  3. A Medalha Pedro Ernesto, maior comenda da Câmara Municipal do Rio, recebida pelo deputado Ibsen Pinheiro em 1993, através de projeto do então vereador Francisco Duran, pode ser cassada.

    Requerimento neste sentido, de autoria do vereador Carlos Bencardino (PRDB), propõe o cancelamento da comenda devido ao prejuízo causado pelo deputado nas finanças do Rio de Janeiro na divisão dos royalties do petróleo:

    - O deputado na verdade é um inimigo do Rio - disse o vereador.

    O deputado Ibsen Pinheiro foi o autor da emenda que redistribui os royalties do petróleo, inclusive das áreas já licitadas, o que deve tirar cerca de R$ 7,2 bilhões de receitas do estado.

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