'A história de Belém não é só borracha', diz historiador
Belém completa nesta quarta-feira (12) 395 anos de fundação. A Cidade das Mangueiras - título colocado na capital pela quantidade de mangueiras em ruas e avenidas - é uma das mais antigas do Brasil. São quase quatro séculos de história, mas muitos pontos importantes dela têm se perdido na memória dos belenenses. Para o historiador Michel Pinto, formado pela Universidade Federal do Pará, alguns destes pontos esquecidos da história da capital paraense não são lembrados em livros.
'Belém não é apenas borracha, como muitos pensam. A Belle Époque foi apenas um dos momentos importantes para a nossa cidade. Há outros que também merecem ser lembrados. Foi na metade do século XVIII, por exemplo, no governo de Mendonça Furtado, que um dos maiores arquitetos que já passaram por Belém, Antônio Landi, chegou aqui. Foi a época da construção de grande parte da Belém colonial, como as ruas e as igrejas da Cidade Velha. Boa parte da nossa história está naquelas pedras e naqueles azulejos', conta.
Outra época que o historiador destaca é a partir da metade do século XX. 'Belém começou a se modernizar. Depois das grandes guerras, que começaram a surgir na cidade os prédios mais altos, na Avenida Nazaré, na Avenida Presidente Vargas, e começou a ter a cara que nós conhecemos hoje', disse.
Agora, os moradores da capital paraense esperam que a cidade continue crescendo e se desenvolvendo. Para isso, o historiador aposta em educação e conservação do patrimônio histórico. 'Investir em educação é o primeiro passo. Não somente a educação formal, mas também na civilidade dos cidadãos, o respeito ao próximo. E é preciso ainda preservar os patrimônios históricos da nossa cidade, que guardam grande parte da história de Belém'.
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