quinta-feira, 10 de maio de 2012

Lei Geral da Copa é aprovada no Senado com liberação de bebidas



A Lei Geral da Copa foi finalmente aprovada pelo Senado, após adiamentos e polêmicas que estremeceram a relação do governo com a FIFA, e segue agora para sanção da Presidente Dilma Rousseff.

O projeto, conjunto de regras para a realização do Mundial de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, permite de forma genérica a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os eventos esportivos.

Os Senadores rejeitaram, por 40 votos a 19, emendas à Lei da Copa que tentavam proibir a venda de bebidas nas arenas. Eles mantiveram o texto principal aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de março, o que deixa o ponto mais polêmico da lei, o comércio de bebidas, a cargo dos Estados.

Aqueles que forem sede dos jogos e tiverem legislação contra o álcool terão de assumir a tarefa de suspender essas leis, o que não deverá ser um problema. A maioria das cidades já sinalizou que isso será feito, já que foram assinados acordos prévios com a FIFA acatando a necessidade de se vender cerveja nas arenas para serem escolhidas como sedes. A entidade que controla o futebol mundial tem especial interesse no tema, uma vez que há uma cervejaria entre seus patrocinadores.

A Lei Geral da Copa teve votação adiada por diversas vezes na Câmara e no Senado, e a demora na sua aprovação provocou críticas da FIFA.

O secretário-geral da federação, Jérôme Valcke, chegou a dizer que o Brasil precisava de um "chute no traseiro" para acelerar os preparativos do evento, o que provocou uma crise entre o governo e a FIFA.

O incidente gerou pedido de desculpas das autoridades da entidade internacional e foi considerado resolvido pelas duas partes após negociações.

Recentemente, após encontro do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, com autoridades da FIFA em Zurique, Valcke foi questionado sobre a Lei da Copa. Ele disse que não via necessidade da presença dele ou do presidente Joseph Blatter no Congresso, como foi cogitado por parlamentares, para discutir o tema.

Valcke afirmou que o assunto já foi debatido o bastante e "agora precisa ser aprovado e não mais discutido".

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